sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Pra ter valor.

Não, eu não costumo me empenhar em analisar as situações, como você bem sabe.  Não gosto de me estender.  Prefiro soluções práticas e rápidas. Se não há nada que se possa fazer a respeito, então não perco meu tempo questionando.  É... eu não sou assim. Prefiro a dor intensa e a alegria plena à micro dosagens de sentimento. Peco talvez, pela absoluta falta de preciosismo.  Sou boa em resoluções imediatas, ainda que não sejam as melhores, e em passar por cima - simples assim – daquilo para que não encontro uma solução que me agrade. O mundo é simplesmente muito complexo pra eu perder tempo analisando situações.
           
 E se não há mais nada que se possa ser feito, o que vai me sobrar é uma cicatriz que com alguma sorte terá parado de latejar quando chegar o próximo verão, e talvez um texto com menos de 500 palavras no Word, se alguma inspiração vier.  Então, por favor, entenda. Eu não conseguiria continuar, e prolongar minha dor apenas para adiar de novo a sua partida. E se vou embora é pra levar comigo o seu sorriso e não te deixar minhas lagrimas. É pra não te fazer assumir uma culpa que não existe. 

A despedida assusta sim, embora eu ache que seja pelo motivo errado. Não é o adeus que nos preocupa, nós vivemos entre chegadas e despedidas de gente importante e de gente  não  tão importante assim. O que assusta é o inevitável. É dar-se conta de que quando não há saída, a única saída é seguir em frente. 

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Tudo bem. Mesmo.

Sabe aquela duvida que vez em quando incomoda a gente?! E se as coisas tivessem sido diferente? Aquela outra chance que a gente tanto quis e nunca veio. E que numa tarde chuvosa de domingo, ou naquela madrugada de quarta-feira em que a gente simplesmente não consegue dormir, vem e nos deixa repensando em tudo o que fizemos pra dar certo, e o que afinal eu deixei de fazer, porque obviamente não deu certo (embora já tenham me dito que isso é uma forma errada de se pensar, afinal deu certo por um tempo, não é mesmo?), pelo menos não da maneira que eu queria.
A dúvida aparece naquele dia em que estaríamos comemorando mais um ano juntos, ou quando ao passar pela pracinha vejo um casal no mesmo banco em que sentamos quando tivemos um dos nossos primeiros encontros, mas não fica por muito tempo. Afinal, você está mais feliz agora. Éramos muito diferentes. Não era justo com nenhum dos dois. Não fazia sentido insistir. Sim, você está mais feliz agora. Eu também. Afinal você não me procurou mais. Nem eu te procurei. E a dúvida desaparece até o próximo aniversário de não-mais-namoro.
Então a vida apronta mais uma das suas,e quando você menos espera, quando aprendeu a não mais questionar o fim, e até mesmo a pensar nele como algo de fato necessário, ela vem. Ela mesma. Uma Nova Chance Para Fazer Tudo Diferente. E agora você encontra em suas mãos uma chave, capaz de reabrir aquela porta que a mesma vida te fez entender que estava irremediavelmente fechada. E tão assustador quanto da primeira vez, quando você se deu conta de que não havia nada que pudesse ser feito, agora você descobre que depende apenas de você.
Achei que esse tipo de coisa só acontecia em filmes, ou quando acontecia era porque obviamente as pessoas deviam ficar juntas, afinal por qual outro motivo teriam uma oportunidade de refazer suas historias?
 Confesso que quando você voltou, me deixou em choque. Você apareceu na minha vida, e me transformou numa mulher, primeiro de uma forma tão doce, dizendo o quanto me amava, sendo o único homem que eu consegui dizer o quanto amei, e depois de uma forma nada doce, me fazendo sentir a dor e o peso de um amor desfeito.
Aquele dia que a gente tava no carro do seu pai, e você deitou no meu colo e fiz uma piada de muitíssimo mal gosto, e você me olhou sério e levantou, e eu quase achei que tinha passado dos limites, aí você sorriu meio sem acreditar muito na minha coragem, e disse que me amava e foi tão sincero que a gente se beijou e você esbarrou na buzina sem querer e a gente parou de se beijar pra rir, e eu ainda dou risada,  e acho que o mundo estaria em sério perigo se a gente estivesse junto até hoje.
E aí te encontrei com a sua nova namorada, aquela com quem você já estava antes de não estar mais comigo, até me preparei pra pontada incomoda na boca do estomago e que... não veio. Foi aí que percebi que a gente não tem mais volta, mas houve tanto amor que tem perdão sim.
            Só queria te escrever pra você saber que ainda penso em você. Sem mágoas. Com uma saudade boa de tudo o que a gente foi, e que nunca mais vamos voltar a ser. Não faço mais parte da sua vida, nem você da minha, mas quando souber de você, quero saber sempre coisas boas.  Só queria que você soubesse que embora nosso final não seja juntos, ele pode sim ser feliz para sempre. 

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